Da RBS TV e do G1 RS 18/06/2014 13h52
Protesto contra a Copa do Mundo deixa feridos em Porto Alegre. Ao menos três pessoas ficaram feridas, segundo a prefeitura da capital. Policiais lançaram bombas de efeito moral para conter o protesto.
Fábio Almeida e Vinícius Guerreiro
Polícia usou bombas de efeito moral para dispersar grupo no Centro(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Cerca de 100 pessoas realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira (18) contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. O grupo se concentrou na Praça Argentina, no Centro de Porto Alegre, a cerca de quatro quilômetros do Estádio Beira-Rio, que recebe o jogo entre Holanda e Austrália nesta tarde. Três pessoas ficaram feridas sem gravidade, conforme o Centro Integrado de Comando da Cidade (Ceic), sendo um deles repórter. Ele foi atendido pelo Serviço de Atencimento Móvel de Urgência (Samu).
Polícia faz barreira para isolar manifestantes
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Os manifestantes tentaram deixar o local e foram impedidos pela Brigada Militar. O grupo foi cercado pelos policiais, que usaram bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Em todas as ruas que cercam a praça, há homens da Brigada Militar. Munidos de faixas e cartazes, eles pedem que o dinheiro investido na Copa seja revertido para a educação.
Houve tumulto e correria por volta das 13h. Em linha, os policiais bloqueiam o trecho entre a Avenida João Pessoa e a Rua André da Rocha.
Mais cedo, outro grupo aproveitou a caminhada de milhares de holandeses pela capital gaúcha para se manifestar de forma bem-humorada contra a realização do Mundial. Com uma faixa laranja posicionada em frente ao carro de som que puxava o deslocamento dos estrangeiros, criticou a Fifa.
"Quem é contra a Copa veste laranja", dizia a faixa, com o símbolo do movimento anarquista. O grupo passou pelo chamado Caminho do Gol, na Avenida Borges de Medeiros, onde milhares de holandeses passavam depois de sair do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, transformado em Orange Square pelos estrangeiros.
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Os manifestantes tentaram deixar o local e foram impedidos pela Brigada Militar. O grupo foi cercado pelos policiais, que usaram bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Em todas as ruas que cercam a praça, há homens da Brigada Militar. Munidos de faixas e cartazes, eles pedem que o dinheiro investido na Copa seja revertido para a educação.
Houve tumulto e correria por volta das 13h. Em linha, os policiais bloqueiam o trecho entre a Avenida João Pessoa e a Rua André da Rocha.
Mais cedo, outro grupo aproveitou a caminhada de milhares de holandeses pela capital gaúcha para se manifestar de forma bem-humorada contra a realização do Mundial. Com uma faixa laranja posicionada em frente ao carro de som que puxava o deslocamento dos estrangeiros, criticou a Fifa.
"Quem é contra a Copa veste laranja", dizia a faixa, com o símbolo do movimento anarquista. O grupo passou pelo chamado Caminho do Gol, na Avenida Borges de Medeiros, onde milhares de holandeses passavam depois de sair do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, transformado em Orange Square pelos estrangeiros.
Jornalistas deixam área onde ocorre protesto (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
DO G1 RS 18/06/2014 20h16
'Irresponsável', diz jornalista ferido por bomba da PM em protesto no RS. Três pessoas foram atingidas por estilhaços e sofreram ferimentos leves. SSP diz em nota que jornalistas teriam ultrapassado linha de segurança.
Estêvão Pires
Brigada Militar usou bombas de efeito moral para
dispersar a multidão (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Atingido por estilhaços de uma bomba de efeito moral, um dos jornalistas feridos no protesto contra a Copa do Mundo nesta quarta-feira (18) em Porto Alegre classificou como "irresponsável" a atuação da Brigada Militar no episódio.
Segundo o repórter do Terra Daniel Fávero, os profissionais foram encurralados pelos explosivos quando não haveria motivo aparente para a intervenção policial, ocorrida cinco minutos após o inicio da manifestação. No total, três pessoas sofreram ferimentos leves.
"Foram imprudentes, foi irresponsável. Porque estava todo mundo identificado, eu estava com crachá e capacete. Arremessaram quando ninguém esperava", relatou o jornalista ao G1. "Não tinha ninguém com o rosto coberto e estavam caminhando. Por isso, foi desnecessario. A caminhada tinha começado há cinco minutos", acrescentou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) alegou que os dois jornalistas feridos teriam avançado, junto com os manifestantes, "uma linha de segurança" no momento do uso dos artefatos, "rompendo a fita e avançando em direção à tropa". Conforme a corporação, para contê-los, foram lançadas quatro granadas de efeito moral.
Depois de ser atendido no Hospital de Pronto Socorro, Fávero foi liberado com escoriações no abdômen e em um dos braços, onde os estilhaços provocaram uma perfuração. O jornalista registrou ocorrência na polícia por causa dos ferimentos. Os outros dois feridos seguiam no Hospital de Pronto Socorro (HPS) até às 18h15, em estado regular.
A BM informou ter entrado em contato com as redações dos jornalistas feridos mas ainda não confirma se irá investogar a atuação dos PMs na manifestação. Ninguém foi preso.
dispersar a multidão (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Atingido por estilhaços de uma bomba de efeito moral, um dos jornalistas feridos no protesto contra a Copa do Mundo nesta quarta-feira (18) em Porto Alegre classificou como "irresponsável" a atuação da Brigada Militar no episódio.
Segundo o repórter do Terra Daniel Fávero, os profissionais foram encurralados pelos explosivos quando não haveria motivo aparente para a intervenção policial, ocorrida cinco minutos após o inicio da manifestação. No total, três pessoas sofreram ferimentos leves.
"Foram imprudentes, foi irresponsável. Porque estava todo mundo identificado, eu estava com crachá e capacete. Arremessaram quando ninguém esperava", relatou o jornalista ao G1. "Não tinha ninguém com o rosto coberto e estavam caminhando. Por isso, foi desnecessario. A caminhada tinha começado há cinco minutos", acrescentou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) alegou que os dois jornalistas feridos teriam avançado, junto com os manifestantes, "uma linha de segurança" no momento do uso dos artefatos, "rompendo a fita e avançando em direção à tropa". Conforme a corporação, para contê-los, foram lançadas quatro granadas de efeito moral.
Depois de ser atendido no Hospital de Pronto Socorro, Fávero foi liberado com escoriações no abdômen e em um dos braços, onde os estilhaços provocaram uma perfuração. O jornalista registrou ocorrência na polícia por causa dos ferimentos. Os outros dois feridos seguiam no Hospital de Pronto Socorro (HPS) até às 18h15, em estado regular.
A BM informou ter entrado em contato com as redações dos jornalistas feridos mas ainda não confirma se irá investogar a atuação dos PMs na manifestação. Ninguém foi preso.
Polícia faz barreira para isolar manifestantes
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
O protesto
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
O protesto
Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação contra a Copa na capital gaúcha. O grupo se concentrou na Praça Argentina, no Centro da cidade, a cerca de quatro quilômetros do Estádio Beira-Rio, que recebeu o jogo entre Holanda e Austrália.
Com faixas e cartazes, os manifestantes tentaram deixar o local em caminhada, mas foram impedidos pela Brigada Militar. O grupo foi cercado pelos policiais, que usaram as bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Houve tumulto e correria após explosões. A manifestação foi dispersada logo em seguida.
Confira a íntegra da nota da SSP
O protesto contra a Copa do Mundo, em Porto Alegre, reuniu menos de cem participantes, por volta das 13h dessa quarta-feira (18), e foi de curta duração. Na Avenida Salgado Filho, próximo a Av. João Pessoa, no Centro, a Brigada Militar estendeu uma fita e posicionou-se atrás, a uma distância de 40metros. O objetivo foi garantir a segurança dos manifestantes, de quem estava no trânsito e dos pedestres.
Integrantes do protesto ultrapassaram rapidamente esse limite, rompendo a fita e avançando em direção à tropa. Para contê-los, foram lançadas quatro granadas de efeito moral pela Brigada Militar. Não foram usadas bombas de gás lacrimogênio para não atingir um número maior de pessoas que estavam nas proximidades.
Dois jornalistas, que estavam entre os manifestantes que atravessaram a linha, acabaram sendo atingidos por estilhaços das granadas. Um teve um corte na mão e outro teve lesões no braço e na barriga. Ambos foram atendidos na ambulância da Brigada Militar e liberados. A Secretaria da Segurança Pública entrou em contato com os veículos em que os profissionais trabalham, onde informaram que os dois passam bem.
O grupo seguiu pela Avenida Loureiro da Silva e se dispersou no Largo Zumbi dos Palmares. Não houve atos de vandalismo até o momento.
Secretaria da Segurança Pública (SSP)
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