Do G1 Rio 19/06/2014 19h17
'Ficou barato', diz cônsul sobre punição por invasão ao Maracanã. Chilenos e outros 2 estrangeiros têm até 0h de domingo para deixar o país. Torcedores residentes no Brasil podem ficar, mas não poderão ir a jogos.
Henrique Coelho
O cônsul do Chile no Rio de Janeiro, Samuel Ossa, falou novamente nesta quinta-feira (19) sobre a invasão dos chilenos ao estádio do Maracanã, antes do jogo entre Chile e Espanha, na tarde desta quarta (18). Ossa explicou que, no total, foram 90 detidos pela invasão: 88 chilenos, um boliviano e um colombiano. Segundo ele, a punição, um prazo de 72 horas para que deixem o país, foi branda.
"Não foi uma circunstância orquestrada. Mas eles teriam que ser presos e deportados. Ficou barato", disse ele.
Ossa explicou que serão feitos contatos com familiares desses invasores para que deixem o país em 72 horas, a partir de 0h desta quinta-feira – o prazo termina à 0h de domingo (22). Caso isso não aconteça, eles serão deportados imediatamente. O consulado não exercerá qualquer controle sobre a saída desses chilenos do país. Os nomes de todos os envolvidos já estão com a Justiça brasileira:
"Eles não necessariamente precisam voltar para o Chile, e não podem voltar para o Brasil antes do fim do Mundial", explicou.
Segundo o cônsul, dois dos invasores chilenos são residentes no Brasil. Estes permanecerão aqui no Brasil, sem nenhum problema, mas não poderão ver jogos no estádio, explicou ele, dizendo que muitos chilenos contaram a ele que estavam tentando comprar ingressos ilegalmente para o jogo e queriam entrar no estádio.
"Não são delinquentes. Eles têm que cumprir as normas da Justiça aqui do Brasil. Quando você vai à casa de alguém, você não por o pé na mesa. E a maioria reconhece que errou", contou o cônsul, que teve outro prejuízo nesta quarta. "Não pude ver o jogo", contou, rindo.
Os torcedores foram enquadrados no artigo 41-b do Estatuto do Torcedor, por invasão e tumulto dentro de instalações esportivas.
Chilenos invadem área de imprensa (Foto: GASPAR NOBREGA/INOVAFOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
As notificações foram lançadas nos passaportes dos torcedores e no cartão de entrada dos chilenos. Os dados colhidos foram lançados no sistema de imigração da PF, constando o motivo da ação, o que possibilitará a inadmissão em território nacional durante o Mundial, caso algum deles tente retornar ao país.
Segundo a PF, qualquer agente público, ao conferir seus documentos, saberá até quando poderão ficar no Brasil. Constatando que o prazo foi ultrapassado, eles deverão ser encaminhados a uma unidade da Polícia Federal mais próximas para possível deportação sumária.
Uma equipe da PF esteve na Cidade da Polícia, para onde foram inicialmente levados nesta quarta, onde foi formalizada a diminuição do prazo de estada dos estrangeiros em 72 horas. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) é o responsável pelo caso. Ainda segundo a polícia, entre os chilenos, havia um menor de idade, que foi notificado, assim como o seu pai.
Acordo internacional
Por acordo internacional, chilenos, argentinos, uruguaios e paraguaios podem entrar no Brasil apenas com suas identidades. Ao ingressarem, recebem um documento chamado de tarjeta (cartão, em português), que deve ser apresentado às autoridades brasileiras durante o deslocamento pelo Brasil e que comprova a entrada regular no país, bem como o prazo de estada. Segundo a PF, para quem apresenta passaporte no ingresso no território nacional, como foi o caso de dois chilenos, essas informações são inseridas no documento de viagem.
Invasão
A invasão ocorreu momentos antes do jogo entre Espanha e Chile. Segundo a Secretaria de Segurança, 88 pessoas foram levadas, em três ônibus, para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio. No fim da noite, foram para o consulado.
Durante a invasão, na altura do portão 9 da entrada B, houve muita correria e gritos na área, onde trabalham os jornalistas no estádio. Segundo relatos do Globoesporte.com, torcedores forçaram uma das grades da cerca que protege a área. Duas paredes foram derrubadas. O grupo foi contido pelos "stewards" (seguranças particulares da Fifa).
Depois de controlados, todos foram colocados sentados no chão e, em seguida, conduzidos por PMs do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) para a delegacia.
'Ficou barato', diz cônsul sobre punição por invasão ao Maracanã. Chilenos e outros 2 estrangeiros têm até 0h de domingo para deixar o país. Torcedores residentes no Brasil podem ficar, mas não poderão ir a jogos.
Henrique Coelho
Cônsul do Chile no Rio, Samuel Ossa conversou
com jornalistas (Foto: Henrique Coelho / G1)
com jornalistas (Foto: Henrique Coelho / G1)
O cônsul do Chile no Rio de Janeiro, Samuel Ossa, falou novamente nesta quinta-feira (19) sobre a invasão dos chilenos ao estádio do Maracanã, antes do jogo entre Chile e Espanha, na tarde desta quarta (18). Ossa explicou que, no total, foram 90 detidos pela invasão: 88 chilenos, um boliviano e um colombiano. Segundo ele, a punição, um prazo de 72 horas para que deixem o país, foi branda.
"Não foi uma circunstância orquestrada. Mas eles teriam que ser presos e deportados. Ficou barato", disse ele.
Ossa explicou que serão feitos contatos com familiares desses invasores para que deixem o país em 72 horas, a partir de 0h desta quinta-feira – o prazo termina à 0h de domingo (22). Caso isso não aconteça, eles serão deportados imediatamente. O consulado não exercerá qualquer controle sobre a saída desses chilenos do país. Os nomes de todos os envolvidos já estão com a Justiça brasileira:
"Eles não necessariamente precisam voltar para o Chile, e não podem voltar para o Brasil antes do fim do Mundial", explicou.
Segundo o cônsul, dois dos invasores chilenos são residentes no Brasil. Estes permanecerão aqui no Brasil, sem nenhum problema, mas não poderão ver jogos no estádio, explicou ele, dizendo que muitos chilenos contaram a ele que estavam tentando comprar ingressos ilegalmente para o jogo e queriam entrar no estádio.
"Não são delinquentes. Eles têm que cumprir as normas da Justiça aqui do Brasil. Quando você vai à casa de alguém, você não por o pé na mesa. E a maioria reconhece que errou", contou o cônsul, que teve outro prejuízo nesta quarta. "Não pude ver o jogo", contou, rindo.
Os torcedores foram enquadrados no artigo 41-b do Estatuto do Torcedor, por invasão e tumulto dentro de instalações esportivas.
Chilenos invadem área de imprensa (Foto: GASPAR NOBREGA/INOVAFOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
As notificações foram lançadas nos passaportes dos torcedores e no cartão de entrada dos chilenos. Os dados colhidos foram lançados no sistema de imigração da PF, constando o motivo da ação, o que possibilitará a inadmissão em território nacional durante o Mundial, caso algum deles tente retornar ao país.
Segundo a PF, qualquer agente público, ao conferir seus documentos, saberá até quando poderão ficar no Brasil. Constatando que o prazo foi ultrapassado, eles deverão ser encaminhados a uma unidade da Polícia Federal mais próximas para possível deportação sumária.
Uma equipe da PF esteve na Cidade da Polícia, para onde foram inicialmente levados nesta quarta, onde foi formalizada a diminuição do prazo de estada dos estrangeiros em 72 horas. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) é o responsável pelo caso. Ainda segundo a polícia, entre os chilenos, havia um menor de idade, que foi notificado, assim como o seu pai.
Acordo internacional
Por acordo internacional, chilenos, argentinos, uruguaios e paraguaios podem entrar no Brasil apenas com suas identidades. Ao ingressarem, recebem um documento chamado de tarjeta (cartão, em português), que deve ser apresentado às autoridades brasileiras durante o deslocamento pelo Brasil e que comprova a entrada regular no país, bem como o prazo de estada. Segundo a PF, para quem apresenta passaporte no ingresso no território nacional, como foi o caso de dois chilenos, essas informações são inseridas no documento de viagem.
Invasão
A invasão ocorreu momentos antes do jogo entre Espanha e Chile. Segundo a Secretaria de Segurança, 88 pessoas foram levadas, em três ônibus, para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio. No fim da noite, foram para o consulado.
Durante a invasão, na altura do portão 9 da entrada B, houve muita correria e gritos na área, onde trabalham os jornalistas no estádio. Segundo relatos do Globoesporte.com, torcedores forçaram uma das grades da cerca que protege a área. Duas paredes foram derrubadas. O grupo foi contido pelos "stewards" (seguranças particulares da Fifa).
Depois de controlados, todos foram colocados sentados no chão e, em seguida, conduzidos por PMs do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) para a delegacia.
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