CARLOS ROLLSING JOSÉ LUÍS COSTA
SEGURANÇA NO MUNDIAL
PRESENÇA DE TORCEDORES envolvidos com organizações violentas preocupa autoridades no RS. Um grupo passou por Sapucaia do Sul
Uma parceria entre a torcida Popular do Inter e o diretório do PTB de Sapucaia do Sul garantiu abrigo por três dias, entre 11 e 13 de junho, para um grupo de cerca de 20 pessoas que se identificam como barrabravas argentinos.
Em uma casa onde fica a sede municipal do partido, eles fizeram churrasco, confraternizaram com brasileiros e entoaram as tradicionais cantorias. No dia 13, o grupo seguiu para o Rio, onde a Argentina estreou na Copa. Na próxima semana, eles devem voltar ao RS para acompanhar o jogo do time no Beira-Rio.
O responsável por assegurar o pouso aos estrangeiros, em maioria torcedores do Club Atletico San Martin e do Argentino de Merlo, integrantes da Hinchadas Unidas Argentinas, foi Gilberto Bitencourt Viégas, o Giba. Um dos líderes da Popular, ele está proibido de frequentar jogos do Inter e da Copa por envolvimento em brigas. Secretário adjunto da Economia Solidária do Estado e membro do diretório municipal do PTB, João Luiz Scopel confirma que Giba pediu apoio:
– Aquela casa é minha e está cedida ao PTB de Sapucaia. Giba me ligou, e eu disse que não tinha cama. Ele respondeu que não tinha problema, que eles se ajeitariam em colchonetes.
Os barrabravas vieram em pelo menos cinco carros. No dia 11, fizeram um churrasco que contou com a presença de torcedores do Inter. Torcedoras da Popular também participaram e posaram para fotos com os “hinchas”.
– Eram mais ou menos uns 60 na casa. Até gravamos vídeos cantando as músicas da Popular – diz a torcedora Silvania Silveira, que confirmou o status de barrabravas dos visitantes.
Durante a estada em Sapucaia, delegados da Polícia Civil e da Polícia Federal estiveram no local para monitorar a situação. Scopel não vê problema em hospedar argentinos envolvidos com torcidas marcadas por atos de violência em estádios:
– O comportamento deles foi exemplar. Se eles passaram pelas autoridades na fronteira, confiamos. O PTB está de parabéns, abrimos as portas para todos, apoiamos a Copa.
Achegada em massa de torcedores argentinos provoca uma série de ações especiais envolvendo a própria polícia argentina, autoridades brasileiras e a Fifa. Desde a semana passada, são estudadas ações preventivas para o jogo Nigéria e Argentina.
Há cerca de 10 dias, o governo argentino enviou para Porto Alegre um policial que atua como observador. Na quinta-feira, chegou o coronel da reserva da PM paulista Miguel Libório, gerente de Operações de Segurança da Fifa, para definir medidas com órgãos locais.
– Será um operação especial que vai durar três dias, na véspera, na data da partida e no dia seguinte. Eles moram perto e virão em carros – afirma o coronel João Diniz Godoi, comandante do Batalhão Copa.
Os principais temores são os barrabravas e episódios inesperados, com as duas invasões no Maracanã, por argentinos e chilenos sem ingressos.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Fronteiras e divisa -Nas regiões de entradas no Estado, na fronteira com a Argentina e o Uruguai e na divisa com Santa Catarina, serão fiscalizados veículos. O trabalho será feito por servidores de sete órgãos públicos estaduais e federais, como Polícia Civil e Polícia Federal.
Beira-Rio -A Fifa vai ampliar o número de seguranças privados no estádio. Serão mais de 240 homens espalhados por pontos estratégicos para tentar evitar tumultos como ocorridos no Maracanã, envolvendo torcedores argentinos e chilenos. Já os 140 PMs escalados para trabalhar dentro do Beira-Rio, que antes ficavam em salas aguardando serem chamados, vão dar apoio aos seguranças privados nas arquibancadas, nos bares e nas zonas de circulação de torcedores.
Cais do Porto -Ônibus de excursões que permanecerem mais de um dia em Porto Alegre deverão ficar estacionados no Cais do Porto. A EPTC alerta que só o veículo pode ficar ali, sem passageiros. Os turistas que chegarem em motor-homes deverão se instalar em campings.
SEGURANÇA NO MUNDIAL
PRESENÇA DE TORCEDORES envolvidos com organizações violentas preocupa autoridades no RS. Um grupo passou por Sapucaia do Sul
Uma parceria entre a torcida Popular do Inter e o diretório do PTB de Sapucaia do Sul garantiu abrigo por três dias, entre 11 e 13 de junho, para um grupo de cerca de 20 pessoas que se identificam como barrabravas argentinos.
Em uma casa onde fica a sede municipal do partido, eles fizeram churrasco, confraternizaram com brasileiros e entoaram as tradicionais cantorias. No dia 13, o grupo seguiu para o Rio, onde a Argentina estreou na Copa. Na próxima semana, eles devem voltar ao RS para acompanhar o jogo do time no Beira-Rio.
O responsável por assegurar o pouso aos estrangeiros, em maioria torcedores do Club Atletico San Martin e do Argentino de Merlo, integrantes da Hinchadas Unidas Argentinas, foi Gilberto Bitencourt Viégas, o Giba. Um dos líderes da Popular, ele está proibido de frequentar jogos do Inter e da Copa por envolvimento em brigas. Secretário adjunto da Economia Solidária do Estado e membro do diretório municipal do PTB, João Luiz Scopel confirma que Giba pediu apoio:
– Aquela casa é minha e está cedida ao PTB de Sapucaia. Giba me ligou, e eu disse que não tinha cama. Ele respondeu que não tinha problema, que eles se ajeitariam em colchonetes.
Os barrabravas vieram em pelo menos cinco carros. No dia 11, fizeram um churrasco que contou com a presença de torcedores do Inter. Torcedoras da Popular também participaram e posaram para fotos com os “hinchas”.
– Eram mais ou menos uns 60 na casa. Até gravamos vídeos cantando as músicas da Popular – diz a torcedora Silvania Silveira, que confirmou o status de barrabravas dos visitantes.
Durante a estada em Sapucaia, delegados da Polícia Civil e da Polícia Federal estiveram no local para monitorar a situação. Scopel não vê problema em hospedar argentinos envolvidos com torcidas marcadas por atos de violência em estádios:
– O comportamento deles foi exemplar. Se eles passaram pelas autoridades na fronteira, confiamos. O PTB está de parabéns, abrimos as portas para todos, apoiamos a Copa.
Achegada em massa de torcedores argentinos provoca uma série de ações especiais envolvendo a própria polícia argentina, autoridades brasileiras e a Fifa. Desde a semana passada, são estudadas ações preventivas para o jogo Nigéria e Argentina.
Há cerca de 10 dias, o governo argentino enviou para Porto Alegre um policial que atua como observador. Na quinta-feira, chegou o coronel da reserva da PM paulista Miguel Libório, gerente de Operações de Segurança da Fifa, para definir medidas com órgãos locais.
– Será um operação especial que vai durar três dias, na véspera, na data da partida e no dia seguinte. Eles moram perto e virão em carros – afirma o coronel João Diniz Godoi, comandante do Batalhão Copa.
Os principais temores são os barrabravas e episódios inesperados, com as duas invasões no Maracanã, por argentinos e chilenos sem ingressos.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Fronteiras e divisa -Nas regiões de entradas no Estado, na fronteira com a Argentina e o Uruguai e na divisa com Santa Catarina, serão fiscalizados veículos. O trabalho será feito por servidores de sete órgãos públicos estaduais e federais, como Polícia Civil e Polícia Federal.
Beira-Rio -A Fifa vai ampliar o número de seguranças privados no estádio. Serão mais de 240 homens espalhados por pontos estratégicos para tentar evitar tumultos como ocorridos no Maracanã, envolvendo torcedores argentinos e chilenos. Já os 140 PMs escalados para trabalhar dentro do Beira-Rio, que antes ficavam em salas aguardando serem chamados, vão dar apoio aos seguranças privados nas arquibancadas, nos bares e nas zonas de circulação de torcedores.
Áreas de isolamento -A BM vai colocar 250 homens do BOE para fortalecer o efetivo que guarnece o gradil no arredores do estádio, com acesso exclusivo para quem tem ingressos. A meta é impedir invasões como as vistas no Maracanã. Também haverá atenção à região de bares da Cidade Baixa e outros pontos de concentração.
Cais do Porto -Ônibus de excursões que permanecerem mais de um dia em Porto Alegre deverão ficar estacionados no Cais do Porto. A EPTC alerta que só o veículo pode ficar ali, sem passageiros. Os turistas que chegarem em motor-homes deverão se instalar em campings.
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