sexta-feira, 20 de junho de 2014

A VITÓRIA DO BRASIL



ZERO HORA 20 de junho de 2014 | N° 17834


EDITORIAL



As previsões mais pessimistas sobre um eventual fracasso do país como anfitrião da Copa foram derrotadas pelos brasileiros.

Um balanço parcial do que aconteceu até agora livra o país da ameaça de um fracasso, fomentado pelos que, sob o pretexto de alertar para nossas deficiências, torciam contra o próprio país. O negativismo misturou-se, desde 2007, quando do anúncio da escolha do Brasil, a críticas sensatas sobre a conveniência da realização do Mundial em meio a tantas carências em áreas essenciais. Discordâncias bem fundamentadas apontavam que deveríamos dar prioridade a outras demandas mais urgentes. Os pontos de vista conflitantes se defrontaram até agora, e muitos dos críticos ainda mantêm a certeza de que o governo brasileiro errou ao lutar, com organizações privadas, para que fôssemos sede do Mundial. Nada que não deva ser encarado como natural. O que passou dos limites foi a insistência com que setores contrariados passaram a desqualificar o próprio país, antecipando o fracasso do evento, pelos mais variados motivos.

Não fracassamos, e finalmente o Brasil tem suas virtudes como organizador da Copa reconhecidas pelas delegações e pela imprensa internacional. The New York Times, Wall Street Journal e The Guardian, alguns dos mais respeitados jornais do mundo, passaram a observar que os visitantes convivem hoje apenas com falhas desculpáveis em eventos com essa grandeza. É esta visão do Exterior que, ao final da competição, oferecerá a todos a imagem do Brasil. A avaliação positiva não deve, no entanto, induzir ao engano de que todas as dúvidas suscitadas foram satisfatoriamente respondidas. O setor público ainda deve aos brasileiros informações esclarecedoras sobre a participação de recursos governamentais, para que a transparência passe a fazer parte dos aspectos a serem enfatizados.

Também as previsões sobre possíveis transtornos com greves e protestos de rua não se confirmaram, e o que se vê, ao contrário, são as 12 cidades, sem maiores atropelos em seu dia a dia, orgulhosas como anfitriãs. Confirma-se assim, com a hospitalidade brasileira que os estrangeiros reconhecem e agradecem, uma qualidade que nunca foi posta em dúvida.

EM RESUMO

Editorial destaca a reversão do clima derrotista de que o Brasil se transformaria num cenário caótico durante o Mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário