quinta-feira, 3 de julho de 2014

PORTO ALEGRE QUERIA MAIS


ZERO HORA 03 de julho de 2014 | N° 17848


MARCELO GONZATTO

COPA DO MUNDO. CENAS DO ÚLTIMO CAPÍTULO

DEPOIS DE SEREM ELIMINADAS, as seleções derrotadas têm ainda uma tarefa nem sempre fácil: voltar para casa e enfrentar a fúria de seus torcedores



Retornar para a terra natal e encarar os conterrâneos como herói ou vilão é um desafio antigo, como deve saber bem a seleção grega. Na Antiguidade, antes de partir para a guerra, os espartanos ouviam das mulheres que deveriam voltar com seus escudos ou sendo carregados sobre eles. Ou seja, deveriam vencer a batalha ou nem se dar ao trabalho de aparecer vivos em casa. Felizmente, os tempos são outros, e os gregos puderam desembarcar de volta em seu país, nesta semana, com status de heróis mitológicos por terem conseguido passar para as oitavas de final da Copa do Mundo.

Os japoneses são ainda mais compreensivos, já que esperaram pelo time no aeroporto apesar de terem somado um mísero pontinho. Mas nem todos os povos são assim. Os coreanos, por exemplo, lançaram balinhas de caramelo sobre seus atletas para deixar claro que ficaram bem chateados com o fiasco esportivo.

A volta para casa diz um pouco sobre as culturas e também integra a história das Copas. A seleção italiana foi recepcionada por uma chuva de tomates em 1966 – tudo porque saiu da competição após tomar um gol de um norte-coreano cuja profissão de fato era dentista. Em 1954, a favorita Hungria teve de se refugiar por alguns dias na cidade de Tata, antes de aparecer na capital Budapeste.


Nenhum comentário:

Postar um comentário