POLÍTICA + | Rosane de Oliveira
Depois de cinco jogos da Copa do Mundo, sem nenhum incidente de maior gravidade, Porto Alegre pode ganhar o carimbo de aprovada como cidade capaz de receber grandes eventos. Poderia ter sido melhor, se todas as obras tivessem ficado prontas, mas os turistas não reclamaram.
As referências positivas à cidade, feitas pela imprensa internacional, aliadas às manifestações dos viajantes nas redes sociais, devem garantir um incremento no turismo nos próximos anos, começando pelos argentinos, que, em geral, passam direto rumo às praias. E não é só Porto Alegre. Cidades da Região Metropolitana e da Serra também receberam turistas e tiveram uma oportunidade singular de apresentar o que têm de melhor. Essa é uma das principais heranças da Copa, mas não a única.
No legado que ficará para as próximas gerações, estão as obras de mobilidade que, de outra forma, não teriam recursos para execução. Os empréstimos obtidos pela prefeitura somam R$ 880 milhões, com taxas baixíssimas. Quando tudo estiver concluído, a Capital terá um sistema de transporte coletivo mais moderno, com os BRTs, o trânsito deverá fluir melhor na Avenida Perimetral, a ligação Norte-Sul será facilitada pelo conjunto que inclui a duplicação da Avenida Tronco, a nova Beira-Rio e o viaduto da Pinheiro Borda.
Porto Alegre não é a única cidade classificada na Copa de 2014. Até aqui, todas as 12 sedes demonstraram capacidade de organização e de superação. O bloco dos anti-Copa murchou, os temidos protestos violentos não prosperaram e o Brasil calou os profetas do caos. O jogo ainda não está ganho: no dia 13, quando o campeão do mundo levantar a taça, é que se poderá fazer o balanço definitivo do que funcionou e do que poderia ter sido melhor na Copa do Brasil.
ALIÁS
Hoje, o governador Tarso Genro e os secretários envolvidos com o Mundial (Segurança, Saúde, Esportes e Assessoria Superior) farão um balanço da Copa nas questões de responsabilidade do Estado.
FORTUNATI SE DESCULPA
Horas depois de ter dito no programa Gaúcha Atualidade que o editorial de ZH era leviano, por falar no atraso das obras da Copa em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati se desculpou.
“Mesmo discordando profundamente da visão de ZH sobre as obras, devo reconhecer que extrapolei na crítica. (...) Desta forma, desejo publicamente retirar a expressão leviano das minhas considerações sobre o editorial de ZH”, escreveu em seu blog.
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