ZERO HORA 12/05/2014 | 08h07
De Fora da Área. Opinião
Hipótese 1: por orgulho das nossas tradições.
Não. Os milhares de CTGs espalhados pelo planeta mostram que podemos cultuar nossos feitos sem desrespeitar ninguém.
Hipótese 2: por entender que somos superiores ao restante do pais.
Mesmo que os nossos índices de desenvolvimento social mostrassem isso _ o que, infelizmente não é verdade _, seria um ato de extrema falta de educação.
Hipótese 3: por entender que somos injustiçados e discriminados pelo governo federal.
A vida não está fácil para Estado algum e não há como negar que, embora tenhamos muitas demandas pendentes, a proximidade da presidente com o Rio Grande do Sul tem ajudado bastante.
Hipótese 4: por entender que nossos jogadores são melhores.
Não faz sentido. As maiores conquistas da Dupla tiveram como base atletas de fora. Dos 11 que entraram em campo pelo Inter sábado, nenhum era gaúcho.
O Rio Grande do Sul é lindo, precisa ser amado e ter suas façanhas cantadas sempre que pudermos. Mas não podemos ser desrespeitosos e intolerantes com as "nações amigas". Se colorados e gremistas não mudarem este comportamento, temo que cheguemos ao ridículo de, na Copa ou fora dela, vaiarmos o minuto de silêncio. Falta pouco.
*ZHESPORTES
De Fora da Área. Opinião
Editor de esportes de ZH fala sobre o momento do Hino nos estádios gaúchos
por Diego Araújo, editor de esportes de ZH
No sábado, os gaúchos foram reprovados no jogo-teste da Fifa. Não, não estou falando em atrasos no aeroporto, das obras inconclusas ou da falta de mobilidade urbana. Nestes quesitos, estamos reprovados há anos, pois não se esperava muito de um país que promete muito mais do que pode cumprir.
Estou falando de uma reprovação a algo que orgulha muito o gaúcho: a hospitalidade, a civilidade e o respeito ao outro. No jogo-teste Fifa, a torcida colorada, como já havia ocorrido no Olímpico e na Arena pelos fãs gremistas, cantou o Hino Rio-grandense sobre o Hino Nacional, executado como parte do protocolo de jogos de Copas do Mundo. Deu vergonha.
Por que o desrespeito?
No sábado, os gaúchos foram reprovados no jogo-teste da Fifa. Não, não estou falando em atrasos no aeroporto, das obras inconclusas ou da falta de mobilidade urbana. Nestes quesitos, estamos reprovados há anos, pois não se esperava muito de um país que promete muito mais do que pode cumprir.
Estou falando de uma reprovação a algo que orgulha muito o gaúcho: a hospitalidade, a civilidade e o respeito ao outro. No jogo-teste Fifa, a torcida colorada, como já havia ocorrido no Olímpico e na Arena pelos fãs gremistas, cantou o Hino Rio-grandense sobre o Hino Nacional, executado como parte do protocolo de jogos de Copas do Mundo. Deu vergonha.
Por que o desrespeito?
Hipótese 1: por orgulho das nossas tradições.
Não. Os milhares de CTGs espalhados pelo planeta mostram que podemos cultuar nossos feitos sem desrespeitar ninguém.
Hipótese 2: por entender que somos superiores ao restante do pais.
Mesmo que os nossos índices de desenvolvimento social mostrassem isso _ o que, infelizmente não é verdade _, seria um ato de extrema falta de educação.
Hipótese 3: por entender que somos injustiçados e discriminados pelo governo federal.
A vida não está fácil para Estado algum e não há como negar que, embora tenhamos muitas demandas pendentes, a proximidade da presidente com o Rio Grande do Sul tem ajudado bastante.
Hipótese 4: por entender que nossos jogadores são melhores.
Não faz sentido. As maiores conquistas da Dupla tiveram como base atletas de fora. Dos 11 que entraram em campo pelo Inter sábado, nenhum era gaúcho.
O Rio Grande do Sul é lindo, precisa ser amado e ter suas façanhas cantadas sempre que pudermos. Mas não podemos ser desrespeitosos e intolerantes com as "nações amigas". Se colorados e gremistas não mudarem este comportamento, temo que cheguemos ao ridículo de, na Copa ou fora dela, vaiarmos o minuto de silêncio. Falta pouco.
*ZHESPORTES
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