ZERO HORA 12 de maio de 2014
LUIZ ZINI PIRES
O Mundial que milhões de brasileiros e bilhões de estrangeiros querem ver está oculta sob uma parede de problemas. Desde o dia que a Fifa definiu o Brasil como sede, a Copa do Mundo correu na raia errada.
O governo federal injetou R$ 22 bilhões no evento. Dos 12 estádios, quatro continuam em obras.
O entorno do Beira-Rio é um resumo da confusão sem fim. Inter e Andrade Gutierrez discutem. Quem deve retirar o maldito entulho do entorno do belo estádio, 30 dias antes da estréia? Quem imaginaria uma discussão assim em outubro de 2007, no mês do ok da Fifa?
– Vivemos um inferno no Brasil – confessou dias atrás Jérôme Valcke, o número 2 da Fifa.
Se os estádios intrigam e preocupam, a falta de segurança – o clima de guerra civil em Copacabana, cartão postal do Brasil, deixou os dirigentes da Fifa em depressão –, dá calafrios.
A maioria dos brasileiros apoia o torneio no país, mas a queda é considerável, de 79% em 2008 a 48% em abril passado. Há seis anos, 10% eram contra a Copa. Hoje, 41%. O Mundial em casa é sonho de gerações, espetacular, mas onde ele vive? Quero ver.
Nas ruas, não sinto o perfume da Copa.
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