JORNAL DO COMÉRCIO 09/12/2013
Rogério Severo e Thiago Regal da Silva
A execução de um megaprojeto como a Copa do Mundo é um desafio de proporções enormes em qualquer país. Por isso, boa vontade não basta, é preciso fazer uma boa gestão. Não se trata apenas de modernizar ou construir novos estádios de futebol, é preciso haver uma grande sinergia entre ações privadas e governamentais em diversas áreas. Por isso, deve-se tratar o tema sistematicamente e usar metodologias e boas práticas de gestão. No Brasil, a realidade é outra. A seis meses da Copa de 2014, cerca de quatro dos 53 projetos de mobilidade urbana das 12 cidades-sede estão concluídos. De acordo com o plano inicial do governo, os projetos deveriam ter sido entregues ainda no fim de 2012.
Deve-se entender que projetos não são apenas um conjunto de desenhos técnicos, de orçamentos e de cronogramas. Empreendimentos e obras desse tipo possuem um grande número de incertezas que precisam ser acompanhadas de forma sistemática, não somente pelos órgãos de controle, mas pela população. Em muitos países, megaprojetos como esse são tratados por equipes, leis e secretarias específicas, com a existência de um escritório central de projetos. Percebe-se, no entanto, que as decisões ficam relegadas aos órgãos de administração, que isoladamente definem como e quais boas práticas de gestão devem ser utilizadas. Como as ações encontram-se interligadas, o mal planejamento de uma etapa afetará todas as demais. No setor público, as boas práticas do gerenciamento de projetos ainda são pouco incorporadas.
Rogério Severo e Thiago Regal da Silva
A execução de um megaprojeto como a Copa do Mundo é um desafio de proporções enormes em qualquer país. Por isso, boa vontade não basta, é preciso fazer uma boa gestão. Não se trata apenas de modernizar ou construir novos estádios de futebol, é preciso haver uma grande sinergia entre ações privadas e governamentais em diversas áreas. Por isso, deve-se tratar o tema sistematicamente e usar metodologias e boas práticas de gestão. No Brasil, a realidade é outra. A seis meses da Copa de 2014, cerca de quatro dos 53 projetos de mobilidade urbana das 12 cidades-sede estão concluídos. De acordo com o plano inicial do governo, os projetos deveriam ter sido entregues ainda no fim de 2012.
Deve-se entender que projetos não são apenas um conjunto de desenhos técnicos, de orçamentos e de cronogramas. Empreendimentos e obras desse tipo possuem um grande número de incertezas que precisam ser acompanhadas de forma sistemática, não somente pelos órgãos de controle, mas pela população. Em muitos países, megaprojetos como esse são tratados por equipes, leis e secretarias específicas, com a existência de um escritório central de projetos. Percebe-se, no entanto, que as decisões ficam relegadas aos órgãos de administração, que isoladamente definem como e quais boas práticas de gestão devem ser utilizadas. Como as ações encontram-se interligadas, o mal planejamento de uma etapa afetará todas as demais. No setor público, as boas práticas do gerenciamento de projetos ainda são pouco incorporadas.
Por isso, devemos investir na mudança de cultura para planejar, executar, reportar e agir gerando ciclos de melhoria contínua, ou nossos projetos futuros poderão ter andamentos similares ao que temos hoje. Os resultados podem ser melhorados se algumas práticas da norma de gerenciamento de projetos forem incorporadas. Para que isso aconteça, é preciso quebrar paradigmas, inserindo a exigência do uso de boas práticas também nos editais que geram os projetos na área pública.
Engenheiros
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