ESTA NOTÍCIA É PREMONIÇÃO...ALERTA AOS ESTRATEGISTAS...
Torcida do Flamengo faz festa na final contra o Atlético-PR Pedro Kirilos / O Globo
RIO - Faltavam 20 minutos para o início de Flamengo x Atlético-PR. Por ordem do comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estados (Gepe), da Polícia Militar, João Fiorentini, o Portão E do Maracanã foi aberto. O objetivo dele era evitar uma confusão que poderia deixar feridos. Pessoas corriam risco de esmagamento diante da enorme aglomeração na entrada do Setor Norte.
— Virou uma avalanche. Ou abriam o portão, ou quem estava na frente seria pisoteado. Entrei com meu ingresso no bolso. Tinha zero de controle — relata a torcedora Bianca de Carvalho.
Fiorentini confirma que determinou a abertura dos portões. E que, diante da superlotação em alguns setores, ordenou o fechamento do estádio aos 30 minutos de jogo, quando o previsto era no intervalo. Ele admite que, com a abertura do Portão E, muita gente sem ingresso entrou no Maracanã. E que, após o fechamento, torcedores com ingresso ficaram fora.
— As pessoas estavam sendo massacradas. Determinei a abertura. Pode ter entrado gente sem ingresso. Quem chegou após o fechamento dos portões e tinha ingresso, orientamos a buscar órgãos competentes, processar o clube — disse o comandante, que cogitou fechar os portões no início do jogo.
Fiorentini vê uma sucessão de erros, a começar pelo sistema de acesso de sócios-torcedores. Esses podem usar seus cartões de associados ou trocar por um ingresso de papel. Ele relata que a leitura dos cartões na roleta tem tido falhas, jogo após jogo. Muitos se munem de um comprovante de compra impresso na internet. Assim, o tempo de passagem pela catraca aumenta e se cria aglomeração no portão.
— Esta conferência leva tempo. Num momento, na catraca, estão se resolvendo só problemas individuais. O sistema é lento, às vezes precisa de várias tentativas para ler o cartão. Se não for resolvido, isso vai se repetir — alerta Fiorentini. — Não se vende bebida alcoólica no estádio, os preços na lanchonete são altos. Não há atrativo para o torcedor entrar cedo. Cria-se a aglomeração. E a lei de gratuidades não estabelece limite. O torcedor chega com o filho, as gratuidades se esgotaram, mas ele se recusa a ir embora. Os problemas não são criados pela PM.
dentro, mais desordem
O Flamengo diz que não há problemas em seu sistema de acesso, e credita o incidente à falta de controle da PM na área externa. A concessionária que administra o Maracanã diz ter havido tentativa de invasão pelo Portão E. Culpa, também, o grande afluxo de torcedores pouco antes do jogo e “tentativa intensa de uso de ingressos falsificados”.
Mas a desordem no Maracanã não se limitou ao incidente na entrada. No Setor Leste, não havia cadeiras disponíveis. E os corredores de circulação estavam tomados de gente. Ou seja, havia aparente superlotação ali. A concessionária nega a superlotação, afirma que havia cadeiras vazias nos setores em questão e que o público foi inferior à capacidade do estádio.
Na área externa do estádio, houve relatos de roubos de ingressos. Até a área das cativas foi cenário de desordem. Com a lotação da tribuna destinada aos jornalistas, muitos trabalharam das escadas, nos corredores de circulação.
Um festival de erros na final da Copa do Brasil. Maracanã teve falhas no acesso, tentativas de invasão. E até risco de acidentes e superlotação na quarta-feira. Torcedores do Flamengo reclamaram de incidentes
CARLOS EDUARDO MANSUR
CARLOS EDUARDO MANSUR
O GLOBO
Publicado:29/11/13 - 7h30
Publicado:29/11/13 - 7h30
Torcida do Flamengo faz festa na final contra o Atlético-PR Pedro Kirilos / O Globo
RIO - Faltavam 20 minutos para o início de Flamengo x Atlético-PR. Por ordem do comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estados (Gepe), da Polícia Militar, João Fiorentini, o Portão E do Maracanã foi aberto. O objetivo dele era evitar uma confusão que poderia deixar feridos. Pessoas corriam risco de esmagamento diante da enorme aglomeração na entrada do Setor Norte.
— Virou uma avalanche. Ou abriam o portão, ou quem estava na frente seria pisoteado. Entrei com meu ingresso no bolso. Tinha zero de controle — relata a torcedora Bianca de Carvalho.
Fiorentini confirma que determinou a abertura dos portões. E que, diante da superlotação em alguns setores, ordenou o fechamento do estádio aos 30 minutos de jogo, quando o previsto era no intervalo. Ele admite que, com a abertura do Portão E, muita gente sem ingresso entrou no Maracanã. E que, após o fechamento, torcedores com ingresso ficaram fora.
— As pessoas estavam sendo massacradas. Determinei a abertura. Pode ter entrado gente sem ingresso. Quem chegou após o fechamento dos portões e tinha ingresso, orientamos a buscar órgãos competentes, processar o clube — disse o comandante, que cogitou fechar os portões no início do jogo.
Fiorentini vê uma sucessão de erros, a começar pelo sistema de acesso de sócios-torcedores. Esses podem usar seus cartões de associados ou trocar por um ingresso de papel. Ele relata que a leitura dos cartões na roleta tem tido falhas, jogo após jogo. Muitos se munem de um comprovante de compra impresso na internet. Assim, o tempo de passagem pela catraca aumenta e se cria aglomeração no portão.
— Esta conferência leva tempo. Num momento, na catraca, estão se resolvendo só problemas individuais. O sistema é lento, às vezes precisa de várias tentativas para ler o cartão. Se não for resolvido, isso vai se repetir — alerta Fiorentini. — Não se vende bebida alcoólica no estádio, os preços na lanchonete são altos. Não há atrativo para o torcedor entrar cedo. Cria-se a aglomeração. E a lei de gratuidades não estabelece limite. O torcedor chega com o filho, as gratuidades se esgotaram, mas ele se recusa a ir embora. Os problemas não são criados pela PM.
dentro, mais desordem
O Flamengo diz que não há problemas em seu sistema de acesso, e credita o incidente à falta de controle da PM na área externa. A concessionária que administra o Maracanã diz ter havido tentativa de invasão pelo Portão E. Culpa, também, o grande afluxo de torcedores pouco antes do jogo e “tentativa intensa de uso de ingressos falsificados”.
Mas a desordem no Maracanã não se limitou ao incidente na entrada. No Setor Leste, não havia cadeiras disponíveis. E os corredores de circulação estavam tomados de gente. Ou seja, havia aparente superlotação ali. A concessionária nega a superlotação, afirma que havia cadeiras vazias nos setores em questão e que o público foi inferior à capacidade do estádio.
Na área externa do estádio, houve relatos de roubos de ingressos. Até a área das cativas foi cenário de desordem. Com a lotação da tribuna destinada aos jornalistas, muitos trabalharam das escadas, nos corredores de circulação.
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