sexta-feira, 29 de novembro de 2013

MARACANÃ: FESTIVAL DE ERROS NA FINAL DA COPA DO BRASIL.

ESTA NOTÍCIA É PREMONIÇÃO...ALERTA AOS ESTRATEGISTAS...

Um festival de erros na final da Copa do Brasil. Maracanã teve falhas no acesso, tentativas de invasão. E até risco de acidentes e superlotação na quarta-feira. Torcedores do Flamengo reclamaram de incidentes


CARLOS EDUARDO MANSUR 
O GLOBO
Publicado:29/11/13 - 7h30


Torcida do Flamengo faz festa na final contra o Atlético-PR Pedro Kirilos / O Globo


RIO - Faltavam 20 minutos para o início de Flamengo x Atlético-PR. Por ordem do comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estados (Gepe), da Polícia Militar, João Fiorentini, o Portão E do Maracanã foi aberto. O objetivo dele era evitar uma confusão que poderia deixar feridos. Pessoas corriam risco de esmagamento diante da enorme aglomeração na entrada do Setor Norte.

— Virou uma avalanche. Ou abriam o portão, ou quem estava na frente seria pisoteado. Entrei com meu ingresso no bolso. Tinha zero de controle — relata a torcedora Bianca de Carvalho.


Fiorentini confirma que determinou a abertura dos portões. E que, diante da superlotação em alguns setores, ordenou o fechamento do estádio aos 30 minutos de jogo, quando o previsto era no intervalo. Ele admite que, com a abertura do Portão E, muita gente sem ingresso entrou no Maracanã. E que, após o fechamento, torcedores com ingresso ficaram fora.

— As pessoas estavam sendo massacradas. Determinei a abertura. Pode ter entrado gente sem ingresso. Quem chegou após o fechamento dos portões e tinha ingresso, orientamos a buscar órgãos competentes, processar o clube — disse o comandante, que cogitou fechar os portões no início do jogo.

Fiorentini vê uma sucessão de erros, a começar pelo sistema de acesso de sócios-torcedores. Esses podem usar seus cartões de associados ou trocar por um ingresso de papel. Ele relata que a leitura dos cartões na roleta tem tido falhas, jogo após jogo. Muitos se munem de um comprovante de compra impresso na internet. Assim, o tempo de passagem pela catraca aumenta e se cria aglomeração no portão.

— Esta conferência leva tempo. Num momento, na catraca, estão se resolvendo só problemas individuais. O sistema é lento, às vezes precisa de várias tentativas para ler o cartão. Se não for resolvido, isso vai se repetir — alerta Fiorentini. — Não se vende bebida alcoólica no estádio, os preços na lanchonete são altos. Não há atrativo para o torcedor entrar cedo. Cria-se a aglomeração. E a lei de gratuidades não estabelece limite. O torcedor chega com o filho, as gratuidades se esgotaram, mas ele se recusa a ir embora. Os problemas não são criados pela PM.

dentro, mais desordem

O Flamengo diz que não há problemas em seu sistema de acesso, e credita o incidente à falta de controle da PM na área externa. A concessionária que administra o Maracanã diz ter havido tentativa de invasão pelo Portão E. Culpa, também, o grande afluxo de torcedores pouco antes do jogo e “tentativa intensa de uso de ingressos falsificados”.

Mas a desordem no Maracanã não se limitou ao incidente na entrada. No Setor Leste, não havia cadeiras disponíveis. E os corredores de circulação estavam tomados de gente. Ou seja, havia aparente superlotação ali. A concessionária nega a superlotação, afirma que havia cadeiras vazias nos setores em questão e que o público foi inferior à capacidade do estádio.

Na área externa do estádio, houve relatos de roubos de ingressos. Até a área das cativas foi cenário de desordem. Com a lotação da tribuna destinada aos jornalistas, muitos trabalharam das escadas, nos corredores de circulação.

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